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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
Nas ruas, maioria das pessoas opta por não usar a máscara
Em Agudo, o uso de máscara não é mais obrigatório. A medida vale desde sábado, a partir da assinatura de um decreto pelo Executivo, o primeiro do tipo em toda a região. O decreto regulamentou uma prática que já era comum pelo município. Agora, sem a obrigação legal, ninguém mais usa a máscara pela cidade. Raras eram as exceções na área central da cidade na tarde de segunda-feira. Umas delas era uma mulher, de 68 anos, que caminhava pela calçada da Avenida Concórdia, principal via do município. Moradora da Linha Boêmia e falante do alemão, a aposentada explicou em um cadenciado português porquê ainda usa a máscara.
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- Eu me sinto mais segura. Só em casa, como somos colonos, não usamos. Eu não sou a favor de liberar o uso da máscara, tem muita doença ainda. Nunca parou, não é? - disse Diva Franche.
Mas, no geral, a opinião e a atitude nas ruas é favorável ao decreto assinado pelo prefeito Luís Henrique Kittel (PL). Conforme relatos dos moradores, a adesão à máscara já era baixa antes do decreto.
- Cada um tem a sua consciência. Quer usar, use. Se não quiser, não usa - disse Graciele Brum da Rosa, 32 anos, cuidadora de idosos, que compartilha da opinião das outras cinco pessoas ouvidas pela reportagem.
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No maior mercado de Agudo, uma plaquinha afixada na entrada informava que a então obrigatoriedade não existia mais. Dentro, funcionários e clientes estavam sem o equipamento. A reportagem não localizou outro estabelecimento com alguma placa informativa nesse sentido. Apenas uma loja de eletroeletrônicos seguia com uma folha na entrada que informava que o uso da máscara era obrigatório. Mas a sinalização já é obsoleta.
- Ainda não tiramos. Mas usa quem quer - disse um dos funcionários, que não usava o equipamento.
No interior das lojas, não se viam máscaras. A proprietária da Loja Sirena, especializada em calçados, comemora a decisão.
- A população está amando. Até agora há pouco, chegaram uns viajantes que perguntaram sobre isso. Aqui, usa quem quiser. Talvez em ambiente fechado precisaria um pouco. Mas, para nós, foi bom. A gente passou quanto tempo usando? Não conhecemos mais nem o rosto das pessoas - disse Cleusa Sirena, 64 anos.
O equipamento segue obrigatório em hospitais, clínicas e postos de saúde. A medida era cumprida no Posto de Saúde Central. O movimento estava calmo nesta segunda, mas quem aguardava na fila estava com máscara - ainda que alguns com ela sobre o queixo.
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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
São poucos os que optam por usar a máscara. Em geral, isso acontece dentro de estabelecimentos
O prefeito Kittel afirma que a decisão foi tomada em conjunto com a equipe de governo e o comitê local da Covid-19. A população foi ouvida por meio de enquete nas redes sociais, que resultaram em aprovação de mais de 90% da medida.
- Nos últimos tempos, conseguíamos perceber que em ambientes fechados ainda havia um respeito por parte da população. A pessoa caminhava na rua sem máscara, mas quando entrava na prefeitura, por exemplo, colocava. E assim em todos os lugares - explica.
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O índice de vacinação também entra como argumento. 96,3% da população adulta já está vacinada com a primeira dose e 90,5% com duas doses da vacina. Em termos de população geral, incluindo crianças e adolescentes, as taxas de imunização no município são de 87% com primeira dose e 77,6% com duas doses. A situação epidemiológica do município é considerada controlada. O último boletim, emitido nesta segunda, aponta dois novos casos e sete casos ativos.
- Os dados epidemiológicos vão ser monitorados dia a dia e o decreto pode ser revisto e modificados a qualquer momento. Vai depender do número de casos - afirma a secretária de Saúde, Graciela de Lima Barchet.